
Não há muito para dizer de uma obra que se tornou num clássico há já muito tempo, não por ter celebrado mais de quatrocentos anos, mas porque se mantém bastante actual na sua essência.
Conta Álvaro Gonçalves, na sua introdução a O Fogueiro, que Kafka, numa carta a Felice Bauer, sua eterna noiva, se refere ao romance O Desaparecido em termos de extremo desprezo e rejeição, considerando que das 400 páginas escritas apenas 56 se aproveitavam, visto serem as únicas que iam ao encontro da coerência, intuição e “verdade interior” por si ambicionadas.
Enfim não era disto que estava à espera quando comprei o livro!!!
Desta vez o nosso criptanalista é contratado para decifrar um documento, escrito por Albert Einstein, intitulado "DIE GOTTESFORMEL" que poderá revelar uma forma expedita de resolver o problema nuclear do Irão. O que descobre vai muito para além disso. A prova cientifica da existência de Deus.
O trabalho do autor mostra mais uma vez uma estrondosa pesquisa sobre uma tema extremamente interessante. No final, mesmo na última página tive uma revelação que muito me satisfez. Há um agradecimento feito ao Professor Carlos Fiolhais do Departamento de Física da Universidade de Coimbra. Durante a minha vida tive uma efémera passagem por este Departamento. Poucas cadeiras lá fiz. Mas tive um prazer enorme em fazer uma cadeira chamada "Fundamentos de Física Moderna" com um fantástico professor, irmão deste senhor. Os temas dominantes dessa cadeira estão bem patentes neste livro, as teorias da relatividade de Einstein. Foi bom tornar a ler sobre este assunto.
Perante isto não será de estranhar se oportunamente virem por aqui O Sétimo Selo.
Digo de história porque relata acontecimentos históricos, sem história porque não se trata de um romance em que tudo acaba mal ou bem.
1808 é um livro bastante interessante que dá a conhecer os acontecimentos em torno da ida da corte portuguesa para o Brasil.
Aparentemente o medo das tropas de Napoleão terá sido o impulso para que tal acontecesse, mas a ideia não era nova... Será que nós portugueses ganhámos alguma coisa com isso?
D. Maria uma rainha louca, louca e bem louca, quem mais no seu perfeito juízo teria dispensado os serviços do Marquês de Pombal? O príncipe regente era um gordo medroso... Enfim, penso que vale a pena ler este livro e tentar perceber o que o povo português terá herdado destas cortes que nos antecederam...
Não quero com isto dar a parecer que não tenho orgulho em ser português, ou que tenho algo a favor ou contra a nossa monarquia, mas neste capitulo da história acho que não fomos muito felizes. Acho mesmo que foi algures por aqui que a nossa auto-estima terá começado a descer...
Foi esta a primeira cifra que Tomás de Noronha, professor e especialista em criptanálise, teve de decifrar quando lhe foi pedido para continuar uma investigação. Jamais poderia imaginar que iria ficar a saber um dos segredos mais bem guardados dos descobrimentos.
Gostei muito de ler esta obra. Quando terminei, acabei por não conseguir perceber se o que li poderá ser ou não verdade. O autor afirma que todos os documentos mencionados neste romance existem! Posso garantir que são muitos e que a quantidade de informação deles retirada é imensa. Terá sido José Rodrigues dos Santos a fazer esta pesquisa? Não sei! Será isso importante? Bom, confesso que gostava de saber...
A verdade é que este livro é muito bom. Estou ansioso por o ver brilhar em Hollywood. Sim, porque tenho a certeza de que vai ser um sucesso.
Parabéns José Rodrigues dos Santos!!
Paixão pela terra, amor pelas vinhas e um assassino à solta…
A Fúria das Vinhas é isto e muito mais. É a história de vida de Antónia A. Ferreira, a Ferreirinha, uma mulher grande em afecto, em solidariedade, em inteligência e em empreendedorismo.
Vespúcio Ortigão é uma figura que foge aos padrões de uma pessoa normal para as pessoas da sua época. Filho de um amor proibido entre sua mãe e o pároco de uma aldeia vizinha, tornou-se bacharel em Direito graças à ajuda de Ferreirinha.
Estão unidos por uma admiração mútua e obcecados com dois problemas. Ferreirinha não descansa enquanto não derrotar a praga da filoxera que ameaça devastar todas a vinhas do Douro, pondo em causa milhares de pessoas e o futuro do vinho do Porto. Vespúcio teima em não acreditar que algumas mortes de raparigas novas de lugares vizinhos, não se devem à voracidade dos lobos nem tão pouco são casos isolados.
O desfecho desta história? Não vou contar! Detesto saber o que vai acontecer nas histórias, por isso jamais aqui escreverei o fim de um livro… Mas sim, é mais um que vale a pena ler.