quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Novidades Bertrand Editora: Estalinegrado - Antony Beevor

Estalinegrado - Antony Beevor

Em outubro de 1942, um oficial dos Panzers escreveu: «Estalinegrado já não é uma cidade… Os animais fogem deste inferno; nem as pedras mais duras conseguem resistir por muito mais tempo; só os homens se aguentam.»
Para muitos, a Batalha de Estalinegrado simboliza o ponto de viragem da Segunda Guerra Mundial. A vitória do Exército Vermelho e o fracasso da Operação Barbarossa alemã marcaram a primeira derrota nas ambições territoriais de Hitler e o princípio do seu declínio. 
Pouco se sabe contudo do que de facto aconteceu em Estalinegrado. Depois de avançar sobre o território soviético, as forças de Hitler detêm-se a alguns quilómetros de Moscovo e avançam para o maior erro da estratégia nazi: Estalinegrado. 
A batalha pela cidade tornou-se o foco de atenção tanto de Hitler como de Estaline, convencidos como estavam de que seria determinante para vencer a guerra na Frente Oriental. Os cidadãos de Estalinegrado viveram sofrimentos inimagináveis e a atalha foi brutalmente destrutiva para ambos os exércitos.
Neste livro aclamado pela crítica e vencedor de vários prémios, incluindo o Samuel Johnson Prize, Antony Beevor dá-nos um olhar único sobre um dos momentos mais negros da história da Europa.


Sobre Antony Beevor:
Os livros de Antony Beevor incluem Paris Após a Libertação, 1944-1949 (escrito com a sua mulher, Artemis Cooper); Estalinegrado, vencedor do Samuel Johnson Prize, do Wolfson Prize na área de História e do Hawthornden Prize na área de literatura; A Queda de Berlim - 1945, vencedor do primeiro Longman - History Today Trustee’s Award e recentemente considerado um dos melhores livros da primeira década do século XXI pelo New York Times e pelo Telegraph, e, mais recentemente, A Guerra Civil de Espanha.

Editor: Bertrand Editora
Dimensões: 150 x 235 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 544

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Novidades Babel: O Físico Prodigioso - Jorge de Sena (2.ª edição)

O Físico Prodigioso - Jorge de Sena (2.ª edição)

«Símbolo da liberdade e do amor», nas palavras do seu autor, O Físico Prodigioso é uma obra de 1964 aqui apresentada segundo a reedição de 1977. Novela fabulosa, bebe na tradição do conto fantástico português, mais concretamente no Orto do Esposo, selecta anónima do século XV, inspirando-se em dois episódios narrativos dela constantes, amplificando-os e enriquecendo-os. Nesta obra, mais uma vez Jorge de Sena se nos revela como escritor plural, criando um ambiente medieval, religioso e mítico, evocando cantigas de amigo e sublimando um texto marcado pelo erotismo, breve marca do humano, punida pela moralidade vigente.

- Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura. Também recomendado para a Formação de Adultos, como sugestão de leitura - Grau de Dificuldade II.

Formato: 135 x 215
Páginas: 128
ISBN: 978-972-665-657-9
PVP: 17.16€

Pode adquirir este livro AQUI


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Memórias de Adriano - Marguerite Yourcenar

Memórias de Adriano é uma obra escrita pela belga Marguerite Yourcenar e é uma suposta autobiografia sobre a vida e morte do imperador romano Adriano. Estas memórias são escritas sob a forma de uma carta ao seu filho adotivo de 17 anos, futuro imperador Marco Aurélio.

Memórias de Adriano é seguramente o livro mais difícil que li até hoje. É inegável que se trata de uma obra prima de literatura, a obra de uma vida. Qualquer escritor gostaria de um dia conseguir escrever um livro assim. Ainda assim, não é um tipo de obra que prende o leitor com vontade de saber o que vem a seguir. Nada disso! Trata-se antes de uma leitura que por ser tão rica e densa por vezes se torna cansativa, tornando necessário intercalar com outras obras de digestão mais fácil. Platão, no primeiro registo sobre o conceito de belo que há memória disse: "o belo é difícil". Penso que é um pouco este o pensamento que fica implícito quando entramos nesta narrativa complicada e susceptível de muitas interpretações.

Marguerite Yourcenar escolheu Adriano, para tema deste romance, por ter vivido numa época intercalar em que já não se acreditava nos deuses romanos, no entanto o Cristianismo ainda não se tinha firmado, o que lhe despertou curiosidade porque ela própria viveu uma época semelhante na Europa do pós-guerra, deixando-se talvez inspirar por Flaubert que sobre o mesmo assunto disse: "Não existindo já os deuses e não existindo ainda Cristo, houve de Cícero a Marco Aurélio, um momento único em que só existiu o homem" .

A carta é escrita quando Adriano sente que a doença o está a levar apressadamente ao fim dos seus dias ("Aceito com tranquilidade o facto de estar doente"), sentindo por isso necessidade de escrever "o estado da nação" numa passagem de testemunho. Com este documento pretende revelar de forma transparente aquilo que foi a sua vida de imperador, ao contrário do que já havia sido escrito na sua biografia oficial. Desta forma fica demonstrada a preocupação em mostrar aquilo que verdadeiramente foi e fez, em vez de se deixar ficar pela imagem passada pelos historiadores, numa clara critica aos seus antecessores que deixaram que assim acontecesse ("Dizer que os meus dias estão contados não significa nada").

Ao longo da obra, a autora mostra-nos particularidades muito interessantes de Adriano. Ressalvo o facto de ter como hobbie a leitura de relatórios de polícia, pois daí conseguia retirar informação sobre a mente humana. Casou-se com Sabina, sobrinha-neta de Trajano (o seu antecessor), mas não se casou pela beleza, pois esta foi insuficiente para que não se arrependesse depressa. Ainda assim, sentia por ela um amor platónico. Sobre o amor tem esta confissão, da qual gostei particularmente: "E confesso que a razão fica confundida perante o prodígio do amor, da estranha obsessão que faz que esta mesma carne, que tão-pouco nos preocupa quando compõe o nosso próprio corpo, limitando-nos a lavá-la, a alimentá-la e, se possível, a impedi-la de sofrer, possa inspirar-nos uma tal paixão de carícias simplesmente porque é animada por uma individualidade diferente da nossa e porque representa certos lineamentos de beleza sobre os quais, aliás, os melhores juízes não estão de acordo".
Sobre a guerra, está convencido que esta não é mais do que uma fonte de despesa, desordem e desobediência dos seus. Por isto opta por não seguir a mesma política de Trajano, optando por uma postura mais defensiva do território, ao invés de o tentar aumentar.

Uma reconstituição deste género, escrita na primeira pessoa, sendo que essa pessoa viveu no séc. II, é por si só meritória do nosso interesse. Não posso dizer que foi um livro que me apaixonou, mas é de certeza uma obra que jamais irei esquecer e que me abriu os horizontes para algo que até então nunca tinha visto.

Págs. 312
Ref. ISBN: 978-972-568-685-0
Editora: Uisseia

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Um mundo sem fim (Vol.1) - Ken Follett

Ken Follett é para mim sinónimo de Certificado de Qualidade, pelo que não será de estranhar que, tendo passado algum (muito) tempo depois de ter lido o meu último livro, tenha escolhido este autor para marcar a minha reentrée.

O regresso a Kingsbridge estava marcado desde que terminei a leitura de Os pilares da terra (Vol. 1) e (Vol. 2). Cerca de duzentos anos depois, os personagens são naturalmente outros, mas quase tudo o resto se mantém na mesma, na terra de Tom o pedreiro. 

Desde cedo somos invadidos pelo poder de Follett inverter a rota dos acontecimentos e surpreender o leitor com cenas de suster a respiração. O resultado é um ritmo de leitura vertiginoso e uma vontade enorme de saber o que se vai passar a seguir. Ainda assim, na minha opinião, o ponto forte é mesmo a forma intensa como são caracterizadas as personagens, levando o leitor a amá-las ou odiá-las com a maior das facilidades.

Apesar de ser uma obra que se pode ler sem se ter lido Os pilares da terra, a verdade é que na minha opinião faz mais sentido ser lida apenas depois. Provavelmente Um mundo sem fim não existiria não fora o enorme sucesso atingido por Os pilares da terra, de forma a rentabilizar ainda mais o filão de ouro então descoberto, porém isso em nada diminui a presente obra. Os enredos são independentes, apesar dos personagens serem descendentes dos personagens da obra anterior. 

É quase impossível não fazer mais comparações entre as duas obras. Em ambas o mote principal é a ambição de um pedreiro que pretende construir algo majestoso. Se em Os pilares da terra haviam Tom e mais tarde Jack com o sonho de construir uma catedral, agora é Merthin que quer construir uma ponte, da qual depende o futuro e a prosperidade do priorado.

A obra começa com a morte de dois homens por um cavaleiro, presenciada por quatro crianças. Durante este primeiro volume acompanhamos o trajeto de cada uma delas, e do cavaleiro também, mas sem nunca se perceber o que realmente aconteceu naquele dia. Sabe-se que algo importante com implicações futuras, mas só isso.

Como referi, o ritmo da narrativa é impressionante e a vontade de ler o que vem a seguir é mais que muita. Mal posso esperar por começar a ler o segundo volume...

Págs.581
Ref. ISBN: 978-972-23-4003-8
Editora: Editorial Presença

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O regresso da Conspiração

Tinha saudades de ler, tinha saudades de escrever… o blogue estava moribundo, mas longe de estar esquecido. O motivo da ausência? O melhor de todos! A minha família continua a crescer! Agora tenho três princesas, qual delas a mais bonita. Numa só palavra, ORGULHO!

O tempo disponível é menor. Já não há o chegar a casa, deitar no sofá e pegar no livro que ontem ficou de lado quando os olhos já teimavam em fechar. Já não há o jantar fora de horas para acabar de ler o capítulo que tinha acabado de começar. Nada disso! Agora há que aproveitar as horas da sesta, ou então à noite, quando “as feras” já estão na cama. O merecido descanso do guerreiro que, tantas vezes, já não permite ler mais de que uma página.

A verdade é que o retorno é o melhor do mundo. Aqueles olhos meigos a sorrir sem pedir nada em troca, uma voz que diz “Papá, estava com saudades tuas”, desculpem o chavão, mas é bem verdade, não tem preço.

A verdade é que, ao meu ritmo, a Conspiração das Letras está de regresso. Conto com a vossa visita e com os vossos comentários, pois também são vocês que alimentam a Conspiração me fazem sentir que vale a pena continuar a Conspirar com as Letras!

domingo, 20 de julho de 2014

Novidades Porto Editora: A Última Carta de Carlota Joaquina - José Manuel Saraiva


A última carta de Carlota Joaquina - José Manuel Saraiva

A Porto Editora publicou o mais recente livro de José Manuel Saraiva, A Última Carta de Carlota Joaquina, uma novidade que marca o regresso do autor ao romance histórico. Nesta história, o autor do bestseller Rosa Brava narra a derradeira viagem da polémica Carlota Joaquina para o Brasil, onde chegará a ser imperatriz, e acompanha os seus dilemas, dúvidas e ambições relativamente ao seu marido, D. João VI, e à sua «louca» sogra, D. Maria.

Sinopse:
A Princesa Carlota Joaquina não era uma mulher bela nem sequer delicada, mas o que lhe faltava em graciosidade tinha de sobra em ambição, inteligência e firmeza. Entre o abandono de um marido fraco e beato e o desprezo por uma sogra louca, Carlota Joaquina procurou sempre satisfazer, sem olhar a meios, os seus anseios pessoais, as suas aspirações políticas e os seus apetites sexuais... Com uma escrita elegante e o inconfundível estilo satírico a que já nos habituou com os seus bestsellers Rosa Brava e Aos olhos de Deus (ver a minha opinião AQUI), José Manuel Saraiva relata-nos agora, de forma notável, como terá decorrido essa extraordinária aventura que foi a viagem marítima da Corte Real para o Brasil, naquele ano de 1808....

Sobre o autor:
José Manuel Saraiva (Santo António d'Alva, em 1946), foi jornalista pertencendo aos quadros de O Diário, Diário de Lisboa, Grande Reportagem e Expresso. É autor de dois comentários sobre a Guerra Colonial, produzidos pela SIC, um dos quais foi transmitido pelo canal Arte em França e na Alemanha. É sua igualmente a história que deu origem ao telefilme A Noiva, de Luis Galvão Teles. Em 2001, publica a sua primeira obra, As Lágrimas de Aquiles. Seguiram-se os romances Rosa Brava (2005), Aos Olhos de Deus (2008) e A Terra Toda (2011), que o consagraram como um dos mais populares autores portugueses.

Leia as primeiras páginas AQUI.

Título: A Última Carta de Carlota Joaquina
Autor: José Manuel Saraiva
Págs.: 176
PVP: 14,40 €

domingo, 1 de setembro de 2013

Patricia Madeira - Ebook Contos Ilustrados "O Armazém e Outras Estórias"


Patricia Madeira é autora dos livros de ficção "Lau Mim" (Temas e Debates, 2003) e "2001, Instantâneos de Sapo" (Oficina do Livro, 2001). Recentemente lançou o seu mais recente projeto, um Ebook Coletânea de Contos, intitulado "O Armazém e Outras Estórias", com 18 contos e 18 ilustrações assinadas por João Raposo.

"Roy Blue está na cidade" é uma pequena amostra do que poderá encontrar na coletânea. Este conto é sobre uma banda de freejazz que termina a digressão europeia em Lisboa, os Sax Wizards. Patricia Madeira decidiu brindar os seguidores da Conspiração das Letras com a possibilidade de ler este conto.


"Roy Blue está na cidade" pode ser descarregado gratuitamente através do link:

http://ow.ly/mqXEH

O Ebook completo está disponível nas principais plataformas online Amazon, Apple Store, Kobo, Google Books, Leyaonline, entre outras.

Para saber mais sobre a autora:

http://www.patriciamadeira.com/escrita

O velho e o mar - Ernest Hemingway

O velho e o mar começa por ser uma bela história de amor, compaixão e respeito entre um jovem e um velho. É algures em Cuba, numa terra de pescadores envolta em pobreza, que ambos vivem. Manolin é um jovem pescador que passa os seus dias a pescar e a cuidar do seu bom amigo, o velho Santiago.

Santiago é um pescador com provas dadas. O seu passado fala por si. Porém os últimos tempos não têm corrido de feição e há já quase três meses que não consegue pescar um único peixe.

Com o incentivo de Manolin, Santiago volta ao mar e vai bater-se durante quatro dias, em condições muito atrozes, com um enorme espadarte (cerca de 700 quilos). Só por si, pescar um peixe destes já é uma grande obra, mas se pensarmos que é um velho sozinho, num barco pouco maior que uma canoa, o cenário ainda se torna mais impensável. Ainda assim consegue capturá-lo mas como se afastou imenso da costa, o regresso é demorado. O sangue do espadarte atrai vários tubarões e o esforço de vários dias de luta dá em nada. Quando finalmente chega a terra apenas existe a carcaça e o que resta da cabeça do peixe.

A grande mensagem deste pequeno livro é que, por muitas adversidades que nos possam aparecer no caminho, nunca devemos desistir. Ernest Hemingway consegue escrever poesia em forma de prosa e singelamente fazer passar a sua mensagem. Embora não seja um exercício fácil, se eu tentasse arranjar um adjetivo para descrever a mensagem deste livro, penso que persistência espelha relativamente bem.

Outra mensagem implícita na obra é a nobreza de respeitar o animal que utilizamos para comer. Por várias vezes o pescador como que pede desculpa ao pescado, embora nunca haja sentimento de culpa pois sabe que irá honrar o fim a que se destina.

Depois de ter lido há algum tempo "O adeus às armas", o velho e o mar serviu essencialmente para recordar como se pode escrever com intensidade, descrever com precisão e imensa simplicidade. Gostei bastante de ler esta obra, por várias vezes senti-me no barco à deriva, com dores nas costas e as mãos em ferida. Tudo isto sem água... 

Págs. 108
Ref. ISBN: 978-989-711-003-0

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Fúria Divina - José Rodrigues dos Santos

Quando escolhi esta obra o que pretendia, mais que qualquer outra coisa, era a garantia de estar a selecionar um livro de leitura fácil e interessante. Só uma boa escolha poderia fazer esquecer uma leitura chata e desinteressante que estou a fazer de outra obra, mas sobre essa falarei a seu tempo.

José Rodrigues dos Santos é um autor que me dá essas garantias. Por vezes quando oiço a crítica desvalorizar as suas obras, sinceramente custa-me a perceber, pois há alturas em que me sabe muito bem ler este tipo de livros. E, afinal, tem de haver mercado para todos os géneros. Certo? No caso deste autor gosto de saber que nos seus livros está sempre presente o cunho de jornalista, com o qual vou de certeza aprender sobre um tema.

Fúria Divina marcou o meu reencontro com um personagem que já vou conhecendo relativamente bem, Tomás Noronha, um criptólogo ao estilo Indiana Jones sempre disponível para mais uma aventura.
Também Tomás Noronha tem um reencontro nesta obra com Franck Bellamy. Um agente da CIA já conhecido de quem leu "A fórmula de Deus".
A CIA está bastante preocupada com a possibilidade de a AL-Qaeda possuir material para construir bombas atómicas. A ameaça é bem real e Tomás Noronha pode muito bem ser uma peça essencial nesta investigação. Franck Bellamy sabe disso e convence Tomás a entrar nesta aventura, acompanhado pela bela Rebecca, operacional da NEST que é o ramo da CIA que se dedica a investigar esta área.

Em paralelo decorre a história do jovem Ahmed. Um menino egípcio que ainda muito novo se sente no meio de um conflito de ideias. É ponto assente que pretende ser um exemplo de fidelidade ao Islão, mas de um lado tem o seu mullah que na mesquita lhe ensina o carácter inocente e pacífico do Islão e, do outro lado, tem o novo professor que na madrassa lhe ensina um Islão diferente onde impera a intolerância, a ganância e a violência.
Ahmed fica dividido e tem de optar por uma linha do Islão. As duas possibilidades são incompativeis e a escolha vai mudar a sua vida para sempre.

Conforme já nos habituou o autor, também este livro é fruto de uma intensa pesquisa. O leitor é quase um aluno da cultura islâmica, em especial do pensamento radical islâmico da jihad. A pouco e pouco vamos percebendo melhor o significado de termos que nos habituamos a ouvir nos telejornais e dos quais muitas vezes nem sempre percebemos bem o seu significado.

A forma como os grupos radicais encaram a religião através de uma leitura reta do Alcorão é algo que pode ser assustador. Após ler este livro já não é possível ver as notícias que diariamente entram em nossas casas com o mesmo distanciamento com que o fazia até então.

Apesar de ter gostado bastante do livro, sinto por vezes que o autor se esquece um pouco da ação. É como se a colocasse em segundo plano, trazendo para a linha da frente o resultado da pesquisa feita, a ponto de por vezes parecer que está a ser "despejada" informação. Não se pode dizer que seja uma novidade relativamente às outras obras que li, ainda assim acho que merece que seja feito um esforço em futuros romances para que não haja este tipo de sentimento por parte do leitor.
Há ainda outro ponto que penso que merecia ser melhorado. Nesta série Tomás Noronha, a história do criptólogo resume-se a um ou dois capítulos iniciais que no contexto das várias obras é demasiado superficial e no contexto de cada obra parece que foi "colado". Compreendo as razões editoriais para o estilo. Se se obrigasse os leitores a ler as obras de forma sequencial estas não seriam tão vendáveis, ainda assim acho que se conseguiria encontrar um meio termo de forma a que os inícios não pareçam que caem de paraquedas e evaporam logo de seguida. Porque não aparecerem, no meio da trama? Se calhar é isso mesmo que acontece nas obras que me faltam ler!

Resta dizer que o balanço é muito positivo. Gostei. Deixo a promessa de que não demorarei tanto tempo a voltar ao encontro de Tomás Noronha.

Págs. 583
Ref. ISBN: 978-989-616-338-9
Editora: Gradiva

domingo, 9 de junho de 2013

Resultados: Passatempo A atitude faz a diferença


O random acabou de ditar o vencedor do passatempo A atitude faz a diferença.

26 - António Pereira Silva - Avanca

Para além de publicados aqui, os resultados serão comunicados aos vencedores por email.

Caso algum dos vencedores não responda ao email de notificação no prazo de uma semana será seleccionado um outro vencedor.

Mais uma vez agradecemos o apoio da NEXO na realização deste passatempo.

Obrigado ainda a todos os participantes.