E eis que finalmente, após uns meses, consegui concluir leitura de um livro. Não porque não estivesse a gostar do que estava a ler, mas unicamente por falta de tempo. Sei que parece um cliché fazer esta afirmação, mas foi de facto isso mesmo: falta de tempo!!
Decidi ler Robinson Crusoe quando decidi, melhor dizendo, quando decidimos viajar para as Maldivas. Ao ler as viagens opcionais que o resort tinha para oferecer, havia uma que era “Robinson Crusoe’s island trip”. Logo pensei em fazê-la, porém tinha de ler o livro primeiro. Nada me poderia fazer pensar que nada na história do livro se passa nas Maldivas ou tão pouco no Indico.
Robinson Crusoe é um inglês em tenra idade, a quem seu pai aconselha que se dedique ao negócio de família, fazendo disso sua profissão. Mas isso era pouco para si. Na primeira oportunidade que dispôs, fez-se ao mar dando assim inicio às suas aventuras.
De refém a fazendeiro no Brasil, várias foram as aventuras e desventuras porque passou. Quando começava a transformar-se num fazendeiro de sucesso, decidiu que deveria iniciar-se na importação de escravos para o Brasil.
Mas logo a primeira viagem correu mal. O barco onde viajavam não resistiu a uma enorme tempestade e encalhou próximo de uma ilha deserta, sendo Robinson Crusoe o único sobrevivente. E aqui reside o cerne desta história. A forma como conseguiu sobreviver e adaptar-se a uma vida completamente diferente de tudo o que vivera até então, ainda que fosse uma pessoa com um passado muito rico em experiências. De facto, a obra faz-nos pensar como o Homem tem capacidades fantásticas de aprendizagem e adaptação, mesmo em condições extremamente adversas.
Estou em crer que para a maior parte dos leitores, esta obra não será de todo uma novidade. Mas, se tal como eu, o leitor apenas possuir um conhecimento superficial, aconselho vivamente a leitura. Há passagens inesquecíveis, que dada a intensidade com que são contadas, nos levam a pensar como somos poderosos.
Consigo vislumbrar algumas semelhanças entre esta obra e D. Quixote de La Mancha. Não sei, até porque não existem certezas, se esta história terá origem no imaginário de Defoe ou se terá mesmo acontecido, ainda que parcialmente. Ainda assim, sinto um denominador comum entre ambas.
Págs. 326
Ref. ISBN: 978-989-641-133-6
Editora: Relógio d'Água
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