terça-feira, 25 de novembro de 2008

D. Quixote de la Mancha - Miguel de Cervantes



Não há muito para dizer de uma obra que se tornou num clássico há já muito tempo, não por ter celebrado mais de quatrocentos anos, mas porque se mantém bastante actual na sua essência.
Dom Quixote de La Mancha e o seu fiel escudeiro Sancho Pança não necessitam de apresentações. Foram muito apreciados por povos de todas as classes sociais. Em Portugal foram figuras bastante apreciadas pela realeza sendo exemplo disso a decoração do quarto do Infante Dom Pedro no Palácio Nacional de Queluz.
O livro é muito divertido. Dom Quixote não quer deixar morrer a mística dos cavaleiros andantes e para isso faz de tudo. É muitas vezes considerado um louco, mas em muitas conversas que vai tendo mostra que é também muito culto e demonstra inteligência rara. Já Sancho Pança é um modesto homem do campo que acede a ser escudeiro após lhe ser prometida uma insua para governar.
Enfim, muitas são as histórias que neste livro continuam bastante actuais quando comparadas com os dias de hoje. Os provérbios de Sancho são muitos deles ainda hoje utilizados por nós. Acho fantástico tudo isto após 400 anos.
Confesso que tive alguma dificuldade em ler o livro. Não por não gostar, porque penso que já ficou bem claro que gostei do livro, mas sim pelo seu tamanho. Foi a primeira vez que li um livro tão grande e a determinada altura pareceu-me "estar a patinar". Depressa passou esse sentimento, e quando atingi a "velocidade cruzeiro" já não havia como parar.
No final, uma pergunta fica no ar: "Será que algum dos livros escritos nos dias de hoje será lembrado daqui a 400 anos?"
Págs. 962
Ref. ISBN: 972-708-828-7
Editora: Relógio d'Água

terça-feira, 23 de setembro de 2008

ALVES REIS - Francisco Teixeira da Mota

UMA HISTÓRIA PORTUGUESA

É assim que Francisco Teixeira da Mota caracteriza este livro, e realmente gosto desta caracterização.

Desde pequeno que me lembro de ouvir falar em Alves Reis por ter sido o maior burlão que Portugal conheceu. Em tempos sei que houve uma série televisiva sobre o assunto mas não tive oportunidade de ver. Sabia que tinha a ver com falsificação de notas, mas não muito mais do que isso.

Quando vi este livro nas livrarias, suscitou-me logo vontade de o adquirir para poder explorar o tema. A verdade é que valeu a pena. O livro tem uma escrita acessível e cativante. A história é simplesmente apaixonante.

Alves Reis nasceu com vontade de vencer na vida, na verdadeira acepção da palavra. Para isso começa por conseguir um diploma, que o faz passar por engenheiro, passado por uma Universidade inglesa inexistente. Este terá sido o primeiro passo para atingir os seus objectivos. Com ele consegue ser destacado para Angola e trabalhar numa empresa de caminhos de ferro. Depressa começa a subir na empresa até que chegar ao topo num curto espaço de tempo. Com dinheiro da empresa, consegue comprar acções da própria empresa e colocá-las em seu nome. Isso leva-o a ser preso, mas a sua "boa estrela" ainda estava por aparecer.

Na cadeia teve tempo para pensar e acreditar que seria preciso fazer mais para atingir os níveis de riqueza que sempre ansiou. Foi então que se apercebeu que se conseguisse reunir determinadas condições, seria possível falsificar notas do Banco de Portugal.

A história é muito mais do que isto, mas a verdade é que conseguiu encomendar notas ao fabricante oficial do Banco de Portugal sem que este se apercebesse que estava a ser enganado.

Esta foi a nota falsificada e com elas, em pouco tempo, construiu um verdadeiro império. Como acabou? Está fácil de adivinhar, mas faço o convite para que leia este livro e o saboreie por si. Penso que vale mesmo a pena. Afinal esta é "uma história portuguesa" e aconteceu mesmo!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago


Dentro de alguns dias vai estrear no cinema o filme "Blindness" de um realizador brasileiro (Fernando Meirelles) inspirado nesta obra do nosso Prémio Nobel José Saramago. Motivado pela vontade de ver o filme e também por um bom conselho de o ler decidi embarcar nesta aventura.
Muitas foram as pessoas que sempre me disseram que ler Saramago é intragável. Que não há pachorra! Mas, cedo descobri que este pensamento deve ser como o da matemática: "qualquer miúdo antes de entrar na escola já diz que não gosta!" É o risco de acreditar em ideias pré-concebidas.
Foi uma escolha acertada, não tenho agora dúvidas em dizer! O livro é simplesmente fantástico. Sem dúvida um dos melhores que li até hoje.
Tudo acontece quando um individuo faz parar o trânsito porque cegou. Foi apenas o primeiro... Em pouco tempo todo o país fica às escuras, ou melhor dizendo às claras, já que esta é uma cegueira que deixa as pessoas a ver uma névoa branca. Quando toda a gente cega ao mesmo tempo é fácil perceber o caos em que a comunidade se torna. A luta pela sobrevivência faz agora mais sentido que nunca.
As descrições são maravilhosas e Saramago consegue com uma simplicidade impressionante fazer com que leitor se sinta no centro da acção. A certa altura fiquei com receio de chegar ao fim do livro e decepcionar-me com o final. Felizmente isso não aconteceu. Simplesmente adorei.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O Tempo dos Amores Perfeitos - Tiago Rebelo

Gostei bastante deste livro. Tem o poder de prender o leitor e fazer ansiar pelo fim. Comprei-o talvez por influência. Por uma boa influência poderei agora dizer. Tiago Rebelo era para mim um ilustre desconhecido. Agora posso dizer que foi bom conhecê-lo e que irei certamente repetir.

O Tempo dos Amores Perfeitos transporta-nos para Angola nos finais do século XIX, onde os portugueses tentam a todo o custo aumentar as áreas geográficas sobre as quais dominam. Muita luta, muito sangue. A coroa portuguesa enfrenta nesta altura enormes problemas no interior das suas colónias africanas.
O tenente Carlos Montanha (a personagem principal) é um herói de guerra destacado para Luanda. Leonor é a filha do senhor governador. Conhecem-se no barco que leva ambos para África. Quem poderia dizer que uma viagem conseguiria criar uma união tão forte!!

A descrição dos terrenos por desbravar, das paisagens e das gentes africanas é muito boa. O transporte para o local da acção parece real.
Esta obra tem por base as memórias de um antepassado do autor, que com elas fez um misto de fantasia e realidade. Quanto a mim só tenho mais uma coisa a dizer. Ainda bem que no nosso país os romancistas estão bem de saúde.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Sétimo Selo - José Rodrigues dos Santos


Desta vez Tomás de Noronha é contratado pela Interpol para descobrir o paradeiro de um ex-colega de liceu. O perito em criptologia envolve-se numa aventura em que deixa de ser um mero historiador para se tornar numa personagem mais ao jeito de James Bond.

Esta aventura passa-se em Viena, Sibéria, Austrália e Coimbra, tendo como tema de fundo um assunto muito actual. O aquecimento global gerado pelo aumento da industrialização/poluição e por outro lado a sua relação com a escassez de petróleo e consequentemente o aumento do seu custo.
Gostei de ver a maneira interessante como as personagens deste livro mostram o que o Tratado de Quioto. Vai precisamente de acordo com a ideia que eu tinha e que se resume a uma palavra "fachada".

Não acho que o conteúdo do livro, apesar de ser sem dúvida bastante mais actual que o dos anteriores, seja o mais interessante. No entanto elejo O Sétimo Selo por ser o mais emotivo. Quanto a mim peca apenas por a partir de determinada altura tornar o fim um pouco previsível.

De resto quero apenas dizer aos fans da personagem que tive oportunidade de questionar o autor sobre se vai haver continuidade e a resposta foi positiva. Ficamos à espera....

domingo, 10 de agosto de 2008

O Fogueiro (Um fragmento) - Franz Kafka

Conta Álvaro Gonçalves, na sua introdução a O Fogueiro, que Kafka, numa carta a Felice Bauer, sua eterna noiva, se refere ao romance O Desaparecido em termos de extremo desprezo e rejeição, considerando que das 400 páginas escritas apenas 56 se aproveitavam, visto serem as únicas que iam ao encontro da coerência, intuição e “verdade interior” por si ambicionadas.

Assim este livro não é mais do que uma introdução a uma história que talvez viesse a ser uma boa história...

Enfim não era disto que estava à espera quando comprei o livro!!!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Ontém Não Te Vi Em Babilónia - António Lobo Antunes

Aconteceu magia na Feira do Livro de Lisboa. Algo que ainda hoje tenho dificuldade de explicar ou até mesmo de perceber. Quando passeava no recinto do grupo Leya em busca de novidades, vi uma fila enorme para autógrafos. Surpresa das surpresas, era António Lobo Antunes. Não resisti e apesar de saber que teria um largo tempo de espera à minha frente, fui escolher um livro ao calha para, também eu, garantir o meu autógrafo. Foram talvez cinco minutos apenas, mas asseguro que foram muito intensos... Uma experiência que gostaria de repetir...

Escolhi Ontem Não te Vi em Babilónia. Porquê? Não sei, havia algo que me dizia que deveria ser este o primeiro. Sinceramente não sei se fiz uma boa escolha. O próprio António Lobo Antunes me questionou se era o primeiro livro dele que iria ler. Quando lhe respondi que sim, falou-me um pouco do enredo e alertou-me que iria ser difícil de ler, mas que valeria a pena pois no final iria perceber. Será que percebi? Quero acreditar que sim, mas do que tenho a certeza é que serviu para me apaixonar pela sua escrita.

Sobre o título, Ontem não te vi em Babilónia, li algures que o autor disse que também poderia ser Ontem Não Te Vi No Corte Inglês ou tão-somente Ontem Não Te Vi. De facto não poderia estar mais de acordo, mas a magia de António Lobo Antunes também passa pela forma superior como baptiza as suas obras. Nunca vi outro autor com tamanha capacidade de escolher os títulos.

Numa noite de insónias, várias pessoas com medo de falar, relatam o seu ontem. Entre a meia-noite e as cinco da manhã cada uma delas dá o seu testemunho, mente, inventa, mostra os reflexos de uma sociedade, mostra um pouco do autor. Verdadeiros quebra-cabeças que teimam em atormentar quem apenas quer esquecer o passado.

Ana Emília quer esquecer a morte da filha, um suicídio quando tinha apenas 15 anos. Alice, outrora enfermeira, quer esquecer a infância, mas quer também esquecer o presente. Quer esquecer Osvaldo, o seu marido, tuberculoso, que dorme no quarto ao lado. Não dorme, está também acordado, também ele querendo esquecer a morte da mãe quando era ainda uma criança.

A noite vai avançando e vão-se descobrindo laços que ligam intimamente as personagens. Como num bailado de andorinhas que procuram o ninho sem caminho certo, também a cabeça do leitor procura o fio condutor que permite atingir o final do livro. Aí também nós passamos por uma insónia, por um pesadelo.
No meu caso o “pesadelo” foi ler pela primeira vez este mestre. Parece que se institucionalizou que António Lobo Antunes é imperceptível e apenas para sobredotados. Talvez de facto eu ainda não estivesse preparado. Se achei confuso? Difícil? Provavelmente, mas tenho a certeza que vou repetir.

Págs. 488
Ref. ISBN: 978-972-203-051-9
Editora: Publicações Dom Quixote

Post revisto em 14-08-2012

domingo, 1 de junho de 2008

A Fórmula de Deus - José Rodrigues dos Santos

Depois de ler o CODEX a promessa de ler a história seguinte da personagem Tomás de Noronha tinha de ser cumprida. Devo dizer que o fiz sem qualquer custo. Este tipo de escrita agrada-me bastante. É bom poder ler um bom romance e com ele aprender mais do que uma simples história de vida.

Desta vez o nosso criptanalista é contratado para decifrar um documento, escrito por Albert Einstein, intitulado "DIE GOTTESFORMEL" que poderá revelar uma forma expedita de resolver o problema nuclear do Irão. O que descobre vai muito para além disso. A prova cientifica da existência de Deus.

O trabalho do autor mostra mais uma vez uma estrondosa pesquisa sobre uma tema extremamente interessante. No final, mesmo na última página tive uma revelação que muito me satisfez. Há um agradecimento feito ao Professor Carlos Fiolhais do Departamento de Física da Universidade de Coimbra. Durante a minha vida tive uma efémera passagem por este Departamento. Poucas cadeiras lá fiz. Mas tive um prazer enorme em fazer uma cadeira chamada "Fundamentos de Física Moderna" com um fantástico professor, irmão deste senhor. Os temas dominantes dessa cadeira estão bem patentes neste livro, as teorias da relatividade de Einstein. Foi bom tornar a ler sobre este assunto.

Perante isto não será de estranhar se oportunamente virem por aqui O Sétimo Selo.

sábado, 26 de abril de 2008

1808 - Laurentino Gomes


Este foi o primeiro livro de história, sem história, que li. Não sei se me fiz entender!!

Digo de história porque relata acontecimentos históricos, sem história porque não se trata de um romance em que tudo acaba mal ou bem.

1808 é um livro bastante interessante que dá a conhecer os acontecimentos em torno da ida da corte portuguesa para o Brasil.

Aparentemente o medo das tropas de Napoleão terá sido o impulso para que tal acontecesse, mas a ideia não era nova... Será que nós portugueses ganhámos alguma coisa com isso?

D. Maria uma rainha louca, louca e bem louca, quem mais no seu perfeito juízo teria dispensado os serviços do Marquês de Pombal? O príncipe regente era um gordo medroso... Enfim, penso que vale a pena ler este livro e tentar perceber o que o povo português terá herdado destas cortes que nos antecederam...

Não quero com isto dar a parecer que não tenho orgulho em ser português, ou que tenho algo a favor ou contra a nossa monarquia, mas neste capitulo da história acho que não fomos muito felizes. Acho mesmo que foi algures por aqui que a nossa auto-estima terá começado a descer...

domingo, 30 de março de 2008

O CODEX 632 - José Rodrigues dos Santos

MOLOC NINUNDIA OMASTOOS

Foi esta a primeira cifra que Tomás de Noronha, professor e especialista em criptanálise, teve de decifrar quando lhe foi pedido para continuar uma investigação. Jamais poderia imaginar que iria ficar a saber um dos segredos mais bem guardados dos descobrimentos.

Gostei muito de ler esta obra. Quando terminei, acabei por não conseguir perceber se o que li poderá ser ou não verdade. O autor afirma que todos os documentos mencionados neste romance existem! Posso garantir que são muitos e que a quantidade de informação deles retirada é imensa. Terá sido José Rodrigues dos Santos a fazer esta pesquisa? Não sei! Será isso importante? Bom, confesso que gostava de saber...

A verdade é que este livro é muito bom. Estou ansioso por o ver brilhar em Hollywood. Sim, porque tenho a certeza de que vai ser um sucesso.

Parabéns José Rodrigues dos Santos!!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A Fúria das Vinhas - Francisco Moita Flores

Paixão pela terra, amor pelas vinhas e um assassino à solta…

A Fúria das Vinhas é isto e muito mais. É a história de vida de Antónia A. Ferreira, a Ferreirinha, uma mulher grande em afecto, em solidariedade, em inteligência e em empreendedorismo.

Vespúcio Ortigão é uma figura que foge aos padrões de uma pessoa normal para as pessoas da sua época. Filho de um amor proibido entre sua mãe e o pároco de uma aldeia vizinha, tornou-se bacharel em Direito graças à ajuda de Ferreirinha.

Estão unidos por uma admiração mútua e obcecados com dois problemas. Ferreirinha não descansa enquanto não derrotar a praga da filoxera que ameaça devastar todas a vinhas do Douro, pondo em causa milhares de pessoas e o futuro do vinho do Porto. Vespúcio teima em não acreditar que algumas mortes de raparigas novas de lugares vizinhos, não se devem à voracidade dos lobos nem tão pouco são casos isolados.

O desfecho desta história? Não vou contar! Detesto saber o que vai acontecer nas histórias, por isso jamais aqui escreverei o fim de um livro… Mas sim, é mais um que vale a pena ler.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

O Economista Disfarçado - Tim Harford

Tim Harford é um economista, ao que parece notável, que pretende com este livro alertar os menos atentos sobre como funciona essa coisa da Economia.

Cada capítulo aborda um tema, sempre com muitos exemplos práticos e simples de modo a simplificar as regras ou leis que estão por detrás dos mercados económicos.

Os temas são interessantes, os conteúdos também, mas confesso que não foi tarefa nada fácil terminar este livro. Por vezes a motivação para lhe pegar foi quase nula, mas no fim, como quase sempre valeu a pena.

Será que já consigo ganhar dinheiro na bolsa?

domingo, 3 de fevereiro de 2008

O Crime do Padre Amaro - Eça de Queirós

Voltei ao Eça... E se já tinha gostado d'A Relíquia, fiquei completamente rendido com O Crime do Padre Amaro.

A cultura de Eça é mesmo algo impressionante. Se era uma individualidade no seu tempo, não tenho dúvidas que o seria da mesma forma nos dias de hoje.

Naquele que foi o seu primeiro romance, Eça consegue uma história, admiravelmente narrada, de um amor proibido - o amor de um sacerdote por uma mulher. Na cidade de Leiria, o recém-chegado pároco Amaro Vieira, rapidamente se perde de amores por Amélia.
O tema do celibato eclesiástico é abordado sem reservas. Os podres do clero e o provincianismo da pequena burguesia também não passam em branco aos olhos de Eça.

Estou um verdadeiro fã, pelo que não será de admirar ver mais livros deste senhor por aqui nos próximos tempos.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Rio das Flores - Miguel Sousa Tavares

Ainda com o Equador bem fresco, o lançamento do Rio das Flores facilmente se tornou para mim literatura obrigatória. Mais fácil ainda quando abri um embrulho de Natal e verifiquei que alguém muito especial mo tinha oferecido.

Devorei-o em poucos dias. Os dotes do Miguel permanecem num nível bastante elevado, embora na minha opinião um pouco aquém do Equador.

O romance trata a vida duma família abastada tipicamente alentejana. Os caminhos distintos de dois irmãos com ideais diferentes e amores comuns, influenciados pelos anos marcadamente tumultuosos da primeira metade do século XX.
O marasmo que o nosso país viveu após a queda da monarquia, as guerras civis, as ditaduras, a emigração e o confronto de ideias são temas chave do romance.
Uma visão interessante de um Brasil que parece já não existir. Enfim...

Miguel, para quando o próximo livro?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A Confraria do Vinho - John Fante

Comprei este livro influenciado pela excelente critica que ouvi sobre ele num programa de televisão da 2.

John Fante é um escritor americano com uma história de vida duríssima: passou fome, vagabundeou sem descanso, teve vários problemas com álcool e proclamou ser um génio incompreendido..

A Confraria do Vinho é um romance autobiográfico que retrata a sua relação com o pai, mãe e irmãos... O problema da alcoolemia é tema de fundo, num sitio onde os prazeres da carne estão bem enraizados e de difícil mudança.

Gostei do enredo do livro e da perspectiva do autor. Não posso deixar passar em branco a muito fraca, sendo simpático, revisão deste livro. Graves erros de pontuação, trechos de texto repetidos... Enfim muito mau, ao ponto de qualquer leitor comum o conseguir detectar.

Págs. 220
Ref. ISBN: 9789726957232

Editora: Editorial Teorema