Não foi por amor a Miguel Sousa Tavares que comecei a ler este romance. Nada disso! Eu até nem vou muito à bola com o artista. Mas a verdade é que teve o dom de passados alguns anos me conseguir trazer de novo o gosto pela leitura.
Isso aconteceu quando num final de tarde, ao chegar a casa após mais um dia de trabalho, noto que Miguel Sousa Tavares está a dar uma entrevista na rádio. Chamou-me a atenção a sua típica arrogância, de quem se acha o Mourinho das Letras. Referia que se o Equador se tinha tornado um sucesso de vendas, tal facto apenas se devia à excepcional qualidade do livro.
Pensei para mim… Será que é mesmo bom? Ou o tipo é só garganta?
Estava dado o “click” para me tornar um leitor assíduo…
Pensei para mim… Será que é mesmo bom? Ou o tipo é só garganta?
Estava dado o “click” para me tornar um leitor assíduo…
O Equador conta a história de um bon vivant, Luis Bernardo, que decide atender ao pedido de El Rei D. Carlos: ir para S. Tomé convencer os ingleses de que já não existem vestígios de mão-de-obra escrava nas colónias. Não sabia o que o esperava. Não sabia que ia encontrar o amor. Não sabia que o rumo da sua vida iria para sempre mudar.
Um romance cheio de amor à pátria, amor às colónias e amor ao cacau.
É uma obra cuidada a que me agarrei e só parei quando cheguei ao fim.
Obrigado Miguel por teres sido a ponte para a literatura deixando na outra margem internet, jogos e tantas outras coisas...
2 comentários:
Um livro fascinante que espelha a sociedade Lisboeta e São Tomense do princípio do século.
Uma escrita simples e objectiva. Uma história que a cada página se vai tornando cada vez mais interessante e encantadora. Um final inesperado (ou talvez não!).
Marco, de facto partilhar leituras permite-nos ler muito para além do que os nossos olhos e mente conceptualizaram!
Este post faz-me gostar um pouco mais do romance, pois se foi com ele que se ganhou um novo leitor, então... =)
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