sábado, 7 de março de 2009

Os Maias - Eça de Queirós

Que prazer foi reler Os Maias após tantos anos e sem ser obrigado!

De facto já lá vão alguns em que na disciplina de português fui obrigado a passar os olhos por esta obra. E quando digo passar os olhos, refiro-me literalmente ao que se passou, pois nessa altura jamais o li ou sequer demonstrei vontade de o ler.

Assim, não admira que apenas nomes como Ramalhete, Carlos Eduardo ou Alencar me fossem familiares. Da história propriamente dita, bom dessa então é que não me lembrava de nada. Nada mesmo!!!

É talvez um pouco redundante estar aqui a dizer que se trata de uma obra-prima da literatura portuguesa, mas a verdade é que o é mesmo. É talvez um pouco "maçudo" dirão alguns. Mas é Eça, o meu Eça, o nosso Eça no melhor dos melhores.

Toda a descrição da sociedade portuguesa, em particular a lisboeta, da altura é feita de uma forma magnífica. Quando por vezes se fala da mudança dos tempos, dos podres da sociedade actual, é curioso ver que estes podres afinal não são apenas de agora. Eça de Queirós continua muito actual.

Págs. 713
Ref. ISBN: 972-42-0635-1
Editora: Círculo de Leitores

10 comentários:

Joana Pinto disse...

Este é, sem dúvida, um dos melhores romances alguma vez escritos em L.Portuguesa!
Arrepia-me pensar que muita coisa está actual!!!Continuamos a ser um povo provinciano com as nossas corridas de cavalos parolas que acabam em touradas imbecis! E aquele Eusébiozinho e o Dâmaso? Autênticos idiotas da sociedade e tanta coisa mais...
Brilhante o nosso Eça!

CICL disse...

Eça é um dos meus autores favoritos, recomendo-te também a elitura de a Relíquia, é divinal e divertida; o Mandarim; A Cidade e as Serras...

Marco Caetano disse...

Sem dúvida brilhante. Acima de tudo acho impresionante os conhecimentos que tinha, numa altura em que o preço da informação era muito elevado. Basta pensar que não havia net, revistas e estudos como hoje já. Sem dúvida de tirar o chapéu!!!

Marco Caetano disse...

Cristina,

Eça será sem dúvida um escritor que irei continuar a ler. Agradeço as sugestões. Delas já tive oportunidade de ler a Reliquia que tem também a minha opinião aqui no blog. O menino Teodorico é muito engraçado. Também recomendo.

Anónimo disse...

O primeiro livro "grande" que li. Tinha.. 13 anos talvez. Pode assustar de início mas sem dúvida que vale a pena. Foi o livro que me levou até à literatura. Recomendo que vejas a série. Está bastante interessante.

Rock In The Attic disse...

Um dos livros da minha vida!

HB disse...

Um verdadeiro tesouro da literatura portuguesa, um livro imperdível!

NLivros disse...

Os Maias, para mim, é tão somente o melhor romance da literatura portuguesa e, tivesse sido Eça francês ou inglês, de certo que os Maias estava no rol dos grandes clássicos a par de D. Quxote, Guerra e Paz, Miseráveis, e outros.

Marco Caetano disse...

Concordo a 100%!!

Eça é de facto fantástico.
Quando falo dele acho que me torno repetitivo. Só não fico frustrado porque sei que dele já tudo foi dito, logo é impossivel não repetir.

Será que algum dia iremos voltar a ter um escritor assim?

SP disse...

Pois é, eu ainda estou naquela fase da vida em que me obrigam a ler as grandes obras, se bem que obrigar não seja, de todo, o verbo correcto a aplicar.
No final do 10º ano a minha professora de português disse que não se começa a ler Eça pel'Os Maias. Então, durante as férias, li A Cidade E As Serras, e só depois Os Maias.
Penso que é sempre importante tratarmos estas obras na escola, para que um dia mais tarde tenhamos vontade de as reler, relembrar os tempos de antigamente.
Além disso, sou leitora compulsiva e quando me dirijo às livrarias ou bibliotecas escolho livros mais leves, que ajudem a descontrair e me façam sonhar. Talvez com o passar dos anos isto mude.
No entanto, fui à feira do livro de Cascais, bem mais pequena que a de Lisbos, e ao visitar um alfarrabista verifiquei que lá se encontrava O Crime Do Padre Amaro, por apenas 5€. Achei que tinha mesmo de o levar. Não podia deixar ali o Eça sozinho e tinha de lhe dar mais valor na minha prateleira. Ainda não o li, visto que ando ocupada com o nosso amigo Saramago e O Memorial Do Convento.
Boas Leituras.