Ken Follett é para mim sinónimo de Certificado de Qualidade, pelo que não será de estranhar que, tendo passado algum (muito) tempo depois de ter lido o meu último livro, tenha escolhido este autor para marcar a minha reentrée.
O regresso a Kingsbridge estava marcado desde que terminei a leitura de Os pilares da terra (Vol. 1) e (Vol. 2). Cerca de duzentos anos depois, os personagens são naturalmente outros, mas quase tudo o resto se mantém na mesma, na terra de Tom o pedreiro.
Desde cedo somos invadidos pelo poder de Follett inverter a rota dos acontecimentos e surpreender o leitor com cenas de suster a respiração. O resultado é um ritmo de leitura vertiginoso e uma vontade enorme de saber o que se vai passar a seguir. Ainda assim, na minha opinião, o ponto forte é mesmo a forma intensa como são caracterizadas as personagens, levando o leitor a amá-las ou odiá-las com a maior das facilidades.
Apesar de ser uma obra que se pode ler sem se ter lido Os pilares da terra, a verdade é que na minha opinião faz mais sentido ser lida apenas depois. Provavelmente Um mundo sem fim não existiria não fora o enorme sucesso atingido por Os pilares da terra, de forma a rentabilizar ainda mais o filão de ouro então descoberto, porém isso em nada diminui a presente obra. Os enredos são independentes, apesar dos personagens serem descendentes dos personagens da obra anterior.
É quase impossível não fazer mais comparações entre as duas obras. Em ambas o mote principal é a ambição de um pedreiro que pretende construir algo majestoso. Se em Os pilares da terra haviam Tom e mais tarde Jack com o sonho de construir uma catedral, agora é Merthin que quer construir uma ponte, da qual depende o futuro e a prosperidade do priorado.
A obra começa com a morte de dois homens por um cavaleiro, presenciada por quatro crianças. Durante este primeiro volume acompanhamos o trajeto de cada uma delas, e do cavaleiro também, mas sem nunca se perceber o que realmente aconteceu naquele dia. Sabe-se que algo importante com implicações futuras, mas só isso.
Como referi, o ritmo da narrativa é impressionante e a vontade de ler o que vem a seguir é mais que muita. Mal posso esperar por começar a ler o segundo volume...
Págs.581
Ref. ISBN: 978-972-23-4003-8
Editora: Editorial Presença
Págs.581
Ref. ISBN: 978-972-23-4003-8
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